terça-feira, 14 de julho de 2009

Novamente recomeço!


Ando por estas ruas como um rei destronado.
A barba comprida e o cabelo em desalinho.
Não há mais conselheiros nem bobos da corte pra me alegrar.
Todos me olham como um acabado fudido desgraçado.
O futuro chegou e continuo no mesmo lugar.
Deixarei estas terras que não me aguentam mais.
Vou em busca de um outro lugar que me dê conforto
E opções para criar uma nova sociedade.

Que fique neste boteco esquecido,
O resto de um ser que já foi homem,
Querido, amado e respeitado.
Caminhos tortos e difíceis aguardam-me.
A certeza está no meu coração,
E disto não escaparei:
Nos vemos no próximo boteco
E que a cerveja seja gelada e barata

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Felicidade alheia.

Do meu sofá observo,
os seres escrotos sem sentido,
que passam sem parar.
Eles pensam e pensam
e não chegam à nenhum lugar!
Mesmo sendo o meu querido,
o humano não vai vingar!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A mais forte!

Peguei pesado
ou leve demais.
Apenas não peguei.
Não, peguei!
Foi pouco, foi rápido,
talvez merecido.
Sentir o gosto, achar delicioso
e ter o prato retirado de uma hora para outra.
Uma vez, mas podia ter sido mais.
Peguei leve demais,
é isso!
Poderia ter arriscado, beliscado,
machucado;
não fui eu, foi outro.
Um covarde e adolescente,
filho-da-puta imbecil.
Estava ali, bem ao meu alcance!
Era só ter feito o serviço direito!
Direita, esquerda, encima, embaixo.
Satisfação em todas as direções.
Macia, suculenta, apetitosa, gostosa.
Caralho!
Desculpa, ficou na vontade.
Fui ser romântico, bonzinho e otário.
Agradar pra ficar agradecido.
Me fodi por não ter ficado fodido.
E agora nem a mulher nem nada.
Nada!?
Nunca se tem nada,
voltarei a minha lista de nomes
(nomes)
que não gostaria de voltar,
mas é preciso viver
ou não?
Só precisarei de mais algumas doses
de qualquer coisa.
A mais forte, por favor.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Saudade

Saudade, sempre saudade. 
O que sinto, não sei.
Talvez seja apenas eu!
Mas como posso esquecer a saudade?
Os olhos, o ser,
O ser ela, só!
Não se quer, nem se procura estar,
Mas acabamos por ficar.
Só!
E não sabemos como voltar a ter
Ou no fim, esquecer.
Saudade, sempre saudade.
Como poderia querer apagar,
Uma lembrança que traz
Em todo seu ser a felicidade!
Vai, fica longe de mim esquecimento,
Que quero ficar só!
Só a lembrar.
Mas é tão pouca a lembrança,
Tão vã, tão pequena.
Não, não quero apenas recordar,
Quero viver, rejuvenescer.
Encontrar-te para ficar só!
Justo, fechado e lacrado.
Só... nós dois,
E parar de ter saudade!