quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mais um tempo de renovar votos!

Vem chegando como um raio a porra de outro fim de ano. Tudo vai se repetir outra vez: os pensamentos de finitude, a certeza do tempo perdido, as reflexões sobre projetos para o novo período deprimente que vai começar, as promessas que não serão cumpridas e todas essas porcarias que todos, ou pelo menos os que prestam, fazem quando chega esta época “tão feliz”. Se fuder! Claro que penso em planos mirabolantes pra ganhar dinheiro, conseguir mais bebida e mulher e não pegar nenhuma doença fudida. Para falar a verdade eu fazia todas essas coisas. Não faço mais desde a virada para 2009. Não aguento mais gastar meus neurônios numa coisa que sei que não vou fazer. Ainda corro atrás do que quero, não mais pra satisfazer os outros: pai, mãe, namorada, tios, tias e o escambau.

Nesse final de dezembro de 2009 só tive decepções, o ano todo foi assim (na verdade desde 2005), mas não me importo mais com essas besteiras. Sei que a minha vida nunca será um conto de fadas ou que terei todos os sonhos realizados (se apenas 1 der certo já está beleza).  Faz tempo que não como uma mulher que realmente me interesse, só fico pegando as que ainda tem algum interesse neste vagabundo. Fujo de relacionamentos sérios, por isso não quero arrumar namorada em 2010 e estou tranquilo com isso. Pra completar a felicidade do fim do ano fui informado que a minha pequena fonte de renda, entenda-se meu velho, vai acabar no dia 1 de janeiro: tem como ficar alegre com isso?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Medo

 

Sinto um frio na barriga sempre que o fim de semana está batendo à porta. Não sei se é a idade ou apenas medo do desconhecido. O que posso dizer com certeza é que não tenho a mínima ideia do como, com quem e o que vou fazer nas horas que passarei embriagado.

Mas, o que é que provoca este medo do fim de semana? Essa incerteza era o que mais me fazia gostar desse período de loucura e diversão: acordar numa casa na praia rodeado de gente, abraçando uma mulher que, às vezes, nunca tinha visto antes e as garrafas de álcool vazias espalhadas pelo chão.

Pensando bem, acho que com o passar dos anos, e dos fins de semana, já fiz todas as loucuras possíveis. Talvez não todas que existam, mas todas que EU poderia fazer. E, como já disse antes, a idade bateu e comecei a avaliar a vida e a morte. Tenho certeza, isto posso afirmar tranquilamente, que ela já me vigia na esquina.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Novamente recomeço!


Ando por estas ruas como um rei destronado.
A barba comprida e o cabelo em desalinho.
Não há mais conselheiros nem bobos da corte pra me alegrar.
Todos me olham como um acabado fudido desgraçado.
O futuro chegou e continuo no mesmo lugar.
Deixarei estas terras que não me aguentam mais.
Vou em busca de um outro lugar que me dê conforto
E opções para criar uma nova sociedade.

Que fique neste boteco esquecido,
O resto de um ser que já foi homem,
Querido, amado e respeitado.
Caminhos tortos e difíceis aguardam-me.
A certeza está no meu coração,
E disto não escaparei:
Nos vemos no próximo boteco
E que a cerveja seja gelada e barata

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Felicidade alheia.

Do meu sofá observo,
os seres escrotos sem sentido,
que passam sem parar.
Eles pensam e pensam
e não chegam à nenhum lugar!
Mesmo sendo o meu querido,
o humano não vai vingar!