terça-feira, 18 de novembro de 2008

A mais forte!

Peguei pesado
ou leve demais.
Apenas não peguei.
Não, peguei!
Foi pouco, foi rápido,
talvez merecido.
Sentir o gosto, achar delicioso
e ter o prato retirado de uma hora para outra.
Uma vez, mas podia ter sido mais.
Peguei leve demais,
é isso!
Poderia ter arriscado, beliscado,
machucado;
não fui eu, foi outro.
Um covarde e adolescente,
filho-da-puta imbecil.
Estava ali, bem ao meu alcance!
Era só ter feito o serviço direito!
Direita, esquerda, encima, embaixo.
Satisfação em todas as direções.
Macia, suculenta, apetitosa, gostosa.
Caralho!
Desculpa, ficou na vontade.
Fui ser romântico, bonzinho e otário.
Agradar pra ficar agradecido.
Me fodi por não ter ficado fodido.
E agora nem a mulher nem nada.
Nada!?
Nunca se tem nada,
voltarei a minha lista de nomes
(nomes)
que não gostaria de voltar,
mas é preciso viver
ou não?
Só precisarei de mais algumas doses
de qualquer coisa.
A mais forte, por favor.

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